domingo, 28 de agosto de 2011

Sinto falta dos meus amigos. E da amizade dos meus amigos. E do colo. E do abraço. Sinto falta de quando eles me adicionavam há tudo que faziam. Sinto falta de quando eu era a mais nova, ou a mais velha, ou a mais animada, ou a mais calada. Eu sempre era mais alguma coisa. E hoje em dia sou apenas a mais sem amigos, a mais sem saídas, a mais sem assuntos, a mais sem novidades e a mais sem ninguém. Só me restaram, dos antigos amigos, as boas lembranças. E dos novos também. As vezes, alguns me dizem que é porque o tempo passa e as coisas mudam. Exatamente, as coisas mudam, mas as amizades só mudam se a gente quiser. Eu não quis. Eles quiseram. Fizeram novos vínculos de amizade com pessoas mais interessantes do que eu. E eu? Eu não tenho mais amigos. Não tenho mais isso de melhor amiga e melhor amigo. Já tive. Hoje não tenho mais, pois, todos nós sabemos, que, um dia, tudo isso acaba e aquele melhor amigo passa a ser só amigo e, depois... depois sabe se lá o que ele se torna. Mas eu não quis assim. Sempre tive aquele sonho de estar velhinha ao lado de uma amiga, sorrindo e relembrando os fatos que aconteceram na adolescência, mas isso não irá acontecer. E é doloroso admitir que sou sozinha. Tão doloroso como quando tive que aprender a brincar sozinha, a me divertir sozinha, a ficar sozinha, a viver sozinha, a ir ao cinema sozinha, a ir ao shopping sozinha, a sorrir sozinha... a chorar sozinha. E essa dor só não é pior do que ter que admitir que não tenho mais amigos.

sábado, 27 de agosto de 2011

E eu preciso perder essa mania que tenho de achar que os outros vão fazer por mim o mesmo que eu faria por eles. As pessoas não são assim. As pessoas não pensam igual. Talvez, não fosse nem pensar igual o necessário, talvez, o necessário fosse mais compaixão, mais amor pelo próximo e as coisas funcionariam melhor. Talvez, o problema não seja eu, mas sim todos aqueles que me vêem como colega e eu os vejo como amigos e jamais entenderiam o que é um verdadeiro sentimento de amizade. Talvez, se cada um olhasse mais pro lado e visse que muita coisas boas podem acontecer e que só depende de si mesmo.. muitas coisas seriam melhores e mais fáceis. Acredite: Se ainda existem muitos assuntos inacabados na sua vida, a culpa é exatamente e exclusivamente sua. Porque você deixou o seu momento, pra viver outro momento e deixou esse outro momento, pra viver outro que chegou e, assim, sucessivamente. Vai deixando, vai largando, vai acumulando, vai acabando e quando percebes-te, já acabou. Talvez, realmente, o problema não seja a minha mania de pensar demais nos outros, mas, sim, o problema seja os outros por pensarem demais em si mesmos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Uma lágrima disse ao sorriso: Invejo-te porque vives sempre feliz. O sorriso respondeu: engana-te, pois, muitas vezes, sou apenas o disfarce da tua dor."


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Porque se me perguntarem: Quem eu respiro é você, você, você...
Se for pra escolher: O céu ou a terra respondo: você.
Se quiser saber: minha alegria é te ver, te ver, te ver...
Quem sabe eu te quero tanto assim porque esqueci de te esquecer. 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O rascunho do meu blog me serve de diário e vive cheio de textos inacabados que são atualizados. Assim como  minha vida: Cheinha de coisas que eram pra ser terminadas e ainda assim vivo tentando as reescrever.
- Fria, inconstante, ignorante, absurda e incrivelmente sem sentimentos.

É assim que muitos me vêem e é isso que me machuca. Não sou assim. Me tornei assim só pra poder parecer mais forte e as pessoas terem recusa de brincarem comigo. Não queria ser assim, porém me acostumei com esse jeito forte e diferente. Que, para alguns, é tão diferente que excluem quaisquer possibilidade de amizade. Tudo bem. Não me importo mais com isso. O que vem, não vem por acaso. E o que vai, só vai na hora certa. Será que eu deveria me martirizar por ter um gênio diferente dos outros? Ou por parecer e, às vezes, ser calculista e obstinada? Não posso me culpar por ter passado pelo passado e por jamais ter escondido as marcas que ele deixou. Se elas ainda estão aqui é porque ainda preciso delas. Preciso para não ser mais uma boba da situação, enganada e iludida por falsos amores e palavras incrédulas no verdadeiro amor. Preciso porque sempre precisei, porque sempre quis parecer forte e agora sou, agora pareço e, realmente, acredito que sou. A força vem de dentro. Vem do que se acredita. Vem do que se confia e eu confio em mim. Confio na minha confiança e nos meus prazeres vividos inutilmente só para poder saciar minha sede de paixão. Escrevendo assim, pareço louca. Me sinto louca. Uma louca varrida e descabida, sem começo e nem fim. Que coloca seus sentimentos à prova de sua própria criação do passado e força de pensamento. Mas não. Não sou louca. E, talvez, não seja nada disso o que disse aqui. Talvez eu só seja forte e diferente o suficiente para ser escrita loucamente em uma página de internet.